AUMENTO DE INVESTIMENTOS EM 2018 (DCI)

AUMENTO DE INVESTIMENTOS EM 2018 (DCI)

AUMENTO DE INVESTIMENTOS EM 2018 (DCI)

Executivos de finanças projetam alta dos investimentos para 2018 (DCI)

A pior recessão brasileira da história parece ter chegado ao fim e os executivos de finanças começam a trabalhar em seus projetos de investimentos para um cenário de recuperação da economia.

Ontem, no 28° Congresso de Executivos de Finanças (Conef) em conjunto com o 47° CFO World Congress, os diretores das principais companhias locais debateram o descolamento da economia local da crise política que ainda se arrasta em Brasília.

“Vivemos um momento histórico. Os investimentos se descolaram do cenário político. Está todo mundo analisando projetos”, argumentou o financial advisory da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, Elias de Souza.

Ao mesmo tempo, o assessor aponta a necessidade de bons projetos nas grandes cidades. “Os gestores públicos estão vendo a redução dos repasses e dos investimentos públicos. Primeira coisa é identificar onde se precisa do investimento e tentar construir uma carteira de projetos. Dá para se buscar parcerias público-privadas (PPPs) e até a privatização [venda do ativo] ou a terceirização [concessão]”, apontou Souza.

Na visão do vice-presidente de relações institucionais da Serasa Experian, Paulo Melo, o crédito para pessoas físicas e as empresas deverá reagir positivamente até o segundo semestre de 2018. “Tenho visto o aumento do índice de confiança do consumidor e das empresas com tendência positiva”, diz.

Melo contou que a demanda por crédito cresceu 5% nos oito meses do ano. “Não que os bancos estejam dando mais crédito, mas há um crescimento da demanda”, observou.

De fato, ontem, o Banco Central até revisou sua previsão de saldo do crédito de uma alta de 1% para zero em 2017, o que confirma a seletividade das instituições financeiras na concessão de empréstimos para pessoas jurídicas.

Mas segundo Melo, o cenário é mais positivo para o próximo ano. “O emprego começa a reagir. Isso deve ajudar na renda e as pessoas vão voltar a consumir”, aponta o vice-presidente da Serasa Experian.

O executivo considera que o crescimento da economia em 2018 virá da reação do crédito para consumo e do aumento dos investimentos em infraestrutura. “É uma conjugação dessas duas forças. Os investidores e os fundos internacionais estão vindo [para o Brasil]. O crédito já esteve em 60% do PIB, vai demorar um tempo para se recuperar”, ponderou.

O Banco Central divulgou ontem que o crédito em relação recuou para 47,1% do PIB em agosto, 3,3 pontos percentuais abaixo do mesmo período do ano passado. “Agora em agosto, o crédito corporativo ajudou, produzindo uma expansão real de 5,3% das concessões totais frente a igual período do ano anterior”, notou o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (IEDI) em sua análise divulgada.

Em outra confirmação de sinais positivos, ontem, investidores chineses (SPIC), franceses (Engie) e italianos (Enel) aportaram R$ 12,13 bilhões pela concessão de quatro usinas de energia elétrica, e a rodada de licitações de petróleo e gás arrecadou R$ 3,8 bilhões e atraiu sete empresas de origem estrangeira, sendo que a Exxon Mobil manifestou a intenção de investir US$ 10 bilhões nos próximos cinco anos no Brasil.

Em nota, a Agência Nacional do Petróleo, repetiu que as rodadas de 2017 a 2019 podem gerar mais de US$ 80 bilhões em novos investimentos ao longo dos contratos e mais de US$ 100 bilhões em royalties.

Conforme debatido no congresso organizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-SP), os investidores estrangeiros não trazem dinheiro apenas para as outorgas, mas também recursos para projetos de longo prazo.

Desafios do País

Mesmo diante do clima positivo no evento, o economista da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Igor Rocha, considerou que o Brasil ainda tem muitos desafios a serem devidamente enfrentados. “A volatilidade da moeda é um problema diante do risco de descasamento cambial entre as receitas e despesas do concessionário”, lembrou Rocha.

Apenas como exemplo, ontem, ou seja, num único dia de negócios, o dólar à vista subiu 0,81% para R$ 3,1932 ante os R$ 3,1674 da véspera. Por outro ângulo, o economista citou que a adoção da outorga variável dada em uma licitação de rodovias em São Paulo e nos leilões dos aeroportos foi uma solução “interessante” para reduzir os custos com hedge (proteção) cambial.

Rocha também citou o processo de devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Tesouro, em virtude da crise fiscal nas contas públicas. “Isso pode descapitalizar o BNDES para novos investimentos. A ideia de que bancos privados possam conceder financiamento de longo prazo ainda é um mito”, afirmou o economista.

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